Um estudante em São Paulo relatou ter sofrido cegueira temporária após ingerir gin misturado com energético. Exames confirmaram a presença de metanol no sangue, substância tóxica usada em produtos industriais. Ele precisou de internação por três dias, mas se recuperou. O caso reacendeu a preocupação sobre o consumo de bebidas adulteradas no estado.
O amigo do jovem permanece em coma há quase um mês, após também consumir a mesma bebida. A polícia investiga a origem das garrafas de gin adquiridas em uma adega da região. Os produtos foram apreendidos e encaminhados para perícia, mas até o momento não há confirmação sobre a fonte da contaminação.
O metanol pode provocar danos graves ao fígado, rins, sistema nervoso e visão, podendo levar à morte. Só em São Paulo, ao menos 16 pessoas estão sob investigação por suspeita de intoxicação, com seis confirmações de envenenamento e três mortes registradas. Casos semelhantes vêm sendo relatados em diferentes cidades do estado.
O Ministério da Justiça emitiu nota de alerta orientando estabelecimentos a reforçarem a fiscalização da procedência das bebidas. O órgão destacou que a ingestão de metanol foi identificada em diferentes tipos de destilados, como gin, uísque e vodca. Especialistas alertam que sintomas como alterações visuais, mal-estar prolongado e convulsões exigem atendimento médico imediato.






