Autoridades dinamarquesas identificaram uma “ameaça sistemática” após drones não identificados sobrevoarem aeroportos civis e militares por duas noites seguidas. O governo considera que a ação foi realizada por um “agente profissional” e investiga se há ligação com recentes incidentes atribuídos à Rússia em outros países da Europa.
Os equipamentos foram avistados em aeroportos de Aalborg, Esbjerg, Sonderborg e na base aérea de Skrydstrup, além de terem sobrevoado Copenhague dias antes, o que chegou a interromper o tráfego aéreo. Em Oslo, na Noruega, situação semelhante ocorreu no mesmo período. A polícia confirmou que os drones possuíam luzes, mas não conseguiu identificar modelos nem operadores.
O governo anunciou a aquisição de novos sistemas de detecção e neutralização de drones, destacando que não há ameaça militar direta, mas reforçou a segurança devido ao risco de ataques híbridos. A primeira-ministra Mette Frederiksen classificou os episódios como um dos ataques mais graves contra infraestrutura crítica do país, sem descartar possível envolvimento da Rússia.
Os incidentes acontecem em meio a um cenário de tensões na Europa. Além das violações de espaço aéreo registradas em países como Polônia, Romênia e Estônia, recentes ciberataques atingiram aeroportos de Bruxelas, Londres, Berlim e Dublin. A Otan tem intensificado esforços para desenvolver sistemas de defesa contra drones e interferências em sinais de GPS, reforçando a cooperação com startups europeias que atuam na área de inovação militar.






