O influenciador digital Lohan Ramires, condenado pela Justiça brasileira a mais de 23 anos de prisão, foi preso nos Emirados Árabes Unidos. A captura ocorreu por meio de uma operação coordenada entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), as polícias Civil, Militar e Federal, além da Interpol. Ele era considerado foragido e figurava como um dos principais alvos de investigações contra o crime organizado.
Natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Lohan foi investigado nas operações Diamante de Vidro, Má influência e Erínias, todas conduzidas pelo MPMG. As ações apuraram o envolvimento de organizações criminosas com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outras práticas ilegais, incluindo um suposto plano para atentar contra autoridades da segurança pública.
A soma das penas impostas ao influenciador supera os 23 anos de prisão, pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de capitais. Segundo o Ministério Público, Lohan usava as redes sociais para manter uma imagem de ostentação, enquanto liderava atividades ilícitas nos bastidores.
A prisão foi resultado de um trabalho de inteligência que permitiu localizar o influenciador em território estrangeiro. Agora, as autoridades brasileiras devem iniciar o processo de extradição para que ele possa cumprir pena no Brasil. O caso reforça o uso das redes sociais por criminosos como ferramenta de disfarce para atividades ilegais.