Nesta terça-feira (16), o Mercosul oficializou um acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. A assinatura ocorreu no Rio de Janeiro e foi celebrada pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que destacou a iniciativa como um passo histórico e estratégico para ampliar as relações econômicas e ambientais entre as nações envolvidas.
O tratado, no entanto, ainda depende de etapas formais antes de entrar em vigor. Os textos precisarão ser traduzidos para os idiomas dos países participantes e, depois, submetidos aos respectivos trâmites internos de aprovação. No Brasil, isso inclui a análise e votação no Congresso Nacional. O acordo só passa a valer após a ratificação por pelo menos um país de cada bloco.
De acordo com o governo brasileiro, a parceria comercial representa um mercado conjunto de aproximadamente 300 milhões de pessoas, com PIB total acima de US$ 4,3 trilhões. Estão previstos benefícios diretos como maior acesso a mercados, facilitação aduaneira e incentivo ao comércio sustentável. Pequenas e médias empresas também devem ser impactadas positivamente com a ampliação das oportunidades de negócios.
Presente no evento, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o acordo demonstra a importância do multilateralismo nas relações internacionais. Ele também mencionou o avanço de tratativas com outros parceiros comerciais, como Emirados Árabes, México e União Europeia. As projeções para o Brasil incluem aumento de R$ 3,34 bilhões nas exportações e impacto positivo de até R$ 2,69 bilhões no PIB nacional até 2044.