As autoridades do estado de Utah, nos Estados Unidos, prenderam Tyler Robinson, de 22 anos, suspeito de ter assassinado o ativista conservador Charlie Kirk. A prisão ocorreu nesta sexta-feira, após uma caçada humana de 33 horas que mobilizou a Polícia Federal (FBI) e agentes locais. Segundo o diretor do FBI, Kash Patel, a polícia já tem “indícios físicos” que comprovam a autoria do crime e o suspeito deve ser formalmente indiciado em breve.
O crime aconteceu na última quarta-feira, quando Charlie Kirk, de 31 anos, foi morto a tiros durante um evento na Universidade de Utah Valley. O ativista, que era um forte apoiador do ex-presidente Donald Trump, foi atingido no pescoço. De acordo com o governador de Utah, Spencer Cox, a prisão de Robinson só foi possível graças à colaboração de amigos e familiares do suspeito, que o convenceram a se entregar depois que ele confessou o crime a eles.
Robinson, que não era aluno da universidade, teria relatado a amigos seu descontentamento com o ativista, e dias depois confessou o assassinato. O governador Cox informou ainda que a polícia encontrou mensagens sobre fuzis e munições nas redes sociais do suspeito, que também teria deixado mensagens inscritas nas armas supostamente usadas no crime. Relatos de familiares indicam que Tyler Robinson havia radicalizado seu discurso político nos últimos anos.
As investigações prosseguem para entender as motivações do crime. O jornal “The New York Times” apurou que, no momento da prisão, o suspeito estava a cerca de 400 km do local onde cometeu o assassinato. Donald Trump, em uma entrevista à Fox News, disse que o suspeito se entregou por livre e espontânea vontade a uma delegacia local, após um pastor, que também era policial, alertar o pai de Robinson sobre o crime. O FBI e o governador não confirmaram a versão do ex-presidente.