O mundo da moda perdeu nesta quinta-feira (4), um de seus maiores nomes: Giorgio Armani, que morreu aos 91 anos. Considerado um dos estilistas mais influentes do século 20, Armani construiu uma carreira marcada pela elegância minimalista, pela revolução da alfaiataria e pela forte relação entre moda e cinema.
Natural de Piacenza, no norte da Itália, Armani nasceu em 11 de julho de 1934, filho de um contador. Chegou a iniciar o curso de Medicina, fascinado pela anatomia humana, mas abandonou a carreira para se dedicar à moda. Trabalhou como comprador na tradicional loja milanesa La Rinascente e, mais tarde, desenhou a linha masculina da marca Nino Cerruti.
Em 1975, incentivado por seu companheiro Sergio Galeotti, fundou a Giorgio Armani, dias após completar 41 anos — uma estreia tardia para os padrões da indústria. Seu nome ganhou projeção mundial com a desconstrução do terno masculino: cortes mais leves, tecidos confortáveis e a eliminação do excesso de forro e enchimento marcaram um novo capítulo da alfaiataria. Posteriormente, Armani levou sua visão também para a moda feminina, consolidando-se como referência do chamado casual chique.
O cinema foi decisivo para sua consagração. Em 1980, Richard Gere apareceu em “Gigolô Americano” vestindo criações do estilista, em uma parceria que abriu as portas de Hollywood para a marca. Ao longo das décadas seguintes, Armani vestiu celebridades, liderou coleções que ditaram tendências e transformou sua etiqueta em um império global, símbolo de sofisticação e discrição.