O senador Marcos do Val (Podemos-ES) passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira (4), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão ocorre após o parlamentar retornar de uma viagem aos Estados Unidos feita sem autorização judicial, contrariando medidas cautelares já impostas pela Corte.
Do Val foi abordado por agentes da Polícia Federal no Aeroporto de Brasília logo após desembarcar. A operação foi autorizada por Moraes no âmbito de investigações que apuram a tentativa de anulação da eleição presidencial de 2022, além de um inquérito relacionado a ofensas e ataques a investigadores da PF. O senador também teve o passaporte bloqueado e R$ 50 milhões bloqueados judicialmente.
Mesmo tendo um pedido formal de viagem negado pelo STF, o senador deixou o país durante o recesso parlamentar alegando que estava com a documentação diplomática regular. Segundo Moraes, cabe ao investigado se adequar às medidas cautelares, não o contrário. A ausência de autorização formal levou o ministro a impor o monitoramento eletrônico como sanção adicional.
Em nota anterior, Marcos do Val afirmou ter comunicado os órgãos competentes sobre sua viagem e negou qualquer irregularidade. No entanto, a nova decisão do Supremo reforça o cerco judicial em torno do senador, que segue como alvo central das investigações sobre tentativas de interferência no processo democrático e ataques a instituições do Estado brasileiro.