A autópsia no corpo de Juliana Marins, a alpinista brasileira que faleceu em um vulcão na Indonésia, apontou que a causa da morte foram “fraturas múltiplas e lesões internas”. O laudo pericial, divulgado nesta sexta-feira (27) por autoridades indonésias e reportado pela BBC, indica que ela sobreviveu por aproximadamente 20 minutos após o trauma, mas não apresentou sinais de hipotermia. Contudo, o exame não conseguiu determinar o horário exato do óbito.
Em coletiva de imprensa no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, na Ilha de Bali, o médico-legista Ida Bagus Putu Alit detalhou as descobertas. “Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20 minutos.” Alit não soube precisar se esses 20 minutos ocorreram logo após a queda inicial.
O legista acrescentou que não havia sinais de hipotermia, já que não foram encontrados ferimentos tipicamente associados a essa condição, como lesões nas pontas dos dedos.
O corpo de Juliana chegou ao Hospital Bali Mandara, em Bali, por volta das 11h35 (horário de Brasília) da quinta-feira (26) para a autópsia. A transferência foi feita de ambulância do Hospital Bhayangkara, na província onde o Monte Rinjani está localizado, devido à ausência de peritos na região.
Juliana Marins caiu no sábado (21), e seu corpo foi recuperado na quarta-feira (25), após esforços de busca e resgate que foram dificultados pelo mau tempo e pelo terreno acidentado.