A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira (18) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas, incluindo militares, por tentativa de golpe de Estado em 2022. A acusação, inédita na história do país, foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e inclui crimes como organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
De acordo com a denúncia, Bolsonaro e seus aliados estruturaram uma organização criminosa para impedir a posse do presidente eleito e garantir a permanência do ex-mandatário no poder. A peça apresentada pela PGR aponta que o ex-presidente estava ciente do plano e teve papel central na trama, que se intensificou com ataques sistemáticos às instituições democráticas. O documento também relaciona os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 à tentativa de ruptura institucional.
A PGR sustenta que os denunciados dividiram funções dentro da organização criminosa, com militares e ex-ministros atuando diretamente na tentativa de minar o Estado Democrático de Direito. A denúncia agora será analisada pelo STF, que decidirá se torna Bolsonaro e os demais acusados réus no processo.