Um levantamento do UOL revelou que 90% dos juízes brasileiros ganharam mais do que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2024, mesmo que, por lei, nenhum servidor público devesse receber acima desse teto. O estudo identificou pelo menos 36 mil funcionários da elite do serviço público com vencimentos acima do permitido, resultando em um impacto de R$ 13 bilhões aos cofres públicos.
Entre os beneficiados pelos chamados supersalários, 22 mil são juízes e desembargadores, enquanto outros 5.500 pertencem ao Ministério Público, número que pode dobrar com a atualização dos dados. Esses valores são inflados por benefícios adicionais, os chamados “penduricalhos”, que elevam os ganhos mensais líquidos para além do teto constitucional.
Especialistas apontam um descontrole nos pagamentos e na concessão de vantagens a essas carreiras. O debate sobre os supersalários volta à tona em meio a discussões sobre responsabilidade fiscal e moralidade no serviço público, com pressão para maior transparência e limites mais rígidos no pagamento desses benefícios.